Pais Filhos
Filhos se inspiram nos pais e transformam a carreira de bombeiro militar em legado da família
2024-08-11

Legado Familiar: Quando o Serviço aos Outros se Torna uma Tradição

A carreira de bombeiro militar, muitas vezes caracterizada por um chamado de coragem e serviço, ganha também o contorno de um verdadeiro legado familiar para diversos militares. Em várias famílias, o desejo de seguir os passos dos pais e continuar a tradição de servir à sociedade não é apenas uma escolha de carreira, mas também uma expressão de orgulho e compromisso.

Quando o Dever e o Amor se Unem

Inspiração e Dedicação: O Caminho de Pai para Filho

No Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), pais e filhos trabalham lado a lado na árdua função militar, transformando o ofício de bombeiro em mais do que uma profissão: em um valor transmitido de geração em geração. Filhos que crescem ouvindo histórias de bravura e dedicação dos pais encontram motivação para seguir o mesmo caminho, como é o caso do subtenente Ivan Gusmão Alves e seu filho, Willyam Rodrigues Alves.Gusmão, que está há 26 anos na corporação, relembra com carinho a influência de seu irmão mais velho, que o inspirou a se tornar bombeiro militar. "Eu tenho um irmão mais velho que me adotou e ele foi bombeiro. Eu só tenho uma foto dele servindo os bombeiros, mas nunca me esqueci de onde eu vim", conta. Ao seguir os passos do irmão, Gusmão pavimentou o caminho para o futuro de seu próprio filho, Willyam.Desde cedo, Willyam acompanhou a rotina do pai no quartel, fascinado pela profissão. "Meu pai ingressou na carreira militar quando eu tinha três anos. Então, acompanhei a vida dele na instituição. Sempre gostei da área pelo respeito que a profissão tem e pelo serviço que presta. Acompanhando a rotina, resolvi seguir", relembra Willyam. Aos 14 anos, ele iniciou a preparação para se tornar bombeiro militar, e, aos 20 anos, entrou definitivamente na corporação.Pai e filho compartilharam inúmeros momentos juntos, desde o primeiro serviço de Willyam fora do Estado até mergulhos e salvamentos. "Tivemos inúmeros momentos. O primeiro serviço dele fora do Estado foi comigo. Fizemos vários serviços juntos, como mergulho e salvamento. É gratificante porque ali estão dois bombeiros, pai e filho, que se entendem com um simples olhar", diz o subtenente Gusmão.Para Willyam, a oportunidade de trabalhar ao lado do pai foi uma experiência enriquecedora. "Eu tive a oportunidade que poucos têm: quatro anos depois que entrei, consegui trabalhar junto com meu pai. Fizemos diversos atendimentos. Ele conseguiu me ensinar muitas coisas e eu aprendi muito. Foi fascinante poder trabalhar com meu pai lado a lado na corporação que eu amo."

Semelhança Física e Espiritual: Quando Pai e Filho se Tornam Irmãos de Farda

As semelhanças entre pai e filho na carreira de bombeiro militar vão além da dedicação e do amor pela profissão. Em muitos casos, estendem-se até à aparência física, como é o caso do sargento Jefferson Alexandre Pinheiro de Araújo e o soldado Mateus Minetto Pinheiro de Araujo.Quando ambos estão fardados, pai e filho se apresentam como uma imagem do passado e do presente dessa corporação sexagenária. Além das semelhanças físicas e comportamentais, pai e filho dividem o mesmo sentimento de servir. Com 21 anos de carreira na corporação, o sargento Pinheiro sempre se destacou por sua ética de trabalho e sua dedicação à profissão, sem jamais deixar a família em segundo plano. Desse modo, inspirou Minetto a seguir seu próprio desejo de fazer a diferença."Desde pequeno vi meu pai como um grande exemplo dentro de casa. Que criança que não gosta de ter um bombeiro dentro de casa, ainda mais sendo o seu pai? Quando criança, meu pai me levava nos batalhões para tirar foto com caminhões do bombeiro. Então, o bombeiro sempre foi algo de dentro do meu coração. Aí eu cresci, fiz o concurso e cheguei aqui. Hoje estou aqui para continuar o legado dele", afirma Minetto.Ser um bom pai, presente e cuidadoso não foi tarefa fácil, de acordo com o sargento Pinheiro. Mas ser visto pelo filho como um exemplo compensou qualquer dificuldade. "Eu sempre cobrei dos meus filhos disciplina e dedicação aos estudos. Ele viu diariamente a minha luta: ir trabalhar, voltar para casa e ainda encontrar tempo para ele. Ele percebeu que é possível conciliar a vida militar com a vida familiar. Sempre procurei estar presente, e acho que foi por isso que ele viu a vida militar como um bom exemplo", garante o sargento.

Quando o Sonho do Pai se Torna Realidade

O comprometimento e a dedicação demonstrados por pai e filho não são exclusividade de Pinheiro e Minetto. Recém-chegado à corporação, o soldado Edson Júnior do Carmo de Lara carrega no peito a comprovação da inspiração que seu pai – o subtenente Edson Aroldo de Lara, que está há 26 anos na corporação – é para sua vida nova como militar.A escolha do primeiro nome do filho para ser igual ao do pai foi uma decisão planejada pela família. Já o sobrenome 'Lara', adotado pela corporação para acompanhar Edson em sua nova jornada militar, espelha o legado deixado pelo pai na instituição. A dupla de pai e filho, conhecida no CBMMT como Lara e Edson Lara, simboliza a concretização do sonho do subtenente."Apesar de eu não querer pressioná-lo, era um sonho que ele seguisse a carreira. Vê-lo fardado e estar aqui com ele era um sonho. Desde o primeiro dia que falou que ia fazer o concurso, a alegria foi imensa", afirma o subtenente Lara.A dedicação de Edson Lara só foi possível graças à influência do pai, que moldou sua trajetória de maneira significativa. "Meu pai me influenciou e sempre demonstrou uma paixão muito grande pela profissão. Quando eu nasci ele já era bombeiro militar. Então, desde sempre eu o vejo como um bombeiro que sempre amou a farda, ele sempre demonstrou essa paixão. E, aos poucos, eu fui me apaixonando pela profissão também."A presença constante do pai, que também conseguiu equilibrar bem sua carreira com a vida familiar, proporcionou ao filho a confiança para enfrentar o desafio de ser um bombeiro militar. "Meu pai conseguiu conciliar os dois: a família e a profissão. Nunca foi ausente para mim, para minha mãe e irmãs. Todo o tempo que sobrava ele dedicava à nossa família. Nunca me faltou afeto, atenção e carinho, nada da parte dele", garante Edson Lara.Para o subtenente Lara, ser fonte de experiência e sabedoria para o filho, permitindo que o filho enfrente desafios com confiança e resiliência, é a melhor realização que poderia ter. "Nessa questão de carreira, eu procuro orientar. Conversamos bastante. Ele é um menino muito dedicado e tem um perfil muito bom. Mas sem essa preocupação de que tem que seguir meus passos. É um orgulho muito grande falar para todos que meu filho é bombeiro. É um grande amigo e hoje companheiro de trabalho."
Pais dão exemplo e conduzem filhos a reconhecerem o valor do Corpo de Bombeiros de Militar
2024-08-11

O Legado Heroico dos Bombeiros Militares: Inspirando Gerações

O Corpo de Bombeiros Militar desempenha um papel fundamental na sociedade, muito além da bravura e habilidade técnica de seus profissionais. Essa instituição é um reflexo de valores essenciais, como coragem, solidariedade e compromisso com a comunidade. Muitas vezes, essa compreensão profunda é transmitida através do exemplo dos pais, que desempenham um papel crucial na formação da percepção de seus filhos sobre essa profissão tão importante.

Construindo um Legado de Heroísmo e Dedicação

Pais Bombeiros, Filhos Inspirados

Desde cedo, os pais que atuam no Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) compartilham com seus filhos as experiências e os valores associados a essa carreira. Ao demonstrar respeito e gratidão pelo trabalho do Corpo de Bombeiros Militar, eles ensinam os filhos a reconhecerem a importância desses profissionais na sociedade. Em muitos casos, os inspiram a seguir este exemplo de caráter e a desejar colaborar para tornar o CBMMT uma instituição ainda mais forte.Giovana Carvalho Barros, de apenas 6 anos, é uma testemunha viva dessa influência. Através de seu pai, o coronel BM Rony Robson Cruz Barros, chefe do Estado Maior e comandante-geral adjunto do CBMMT, ela tem a oportunidade de vivenciar de perto o que significa ser um bombeiro militar. Embora ainda não tenha total compreensão da importância do pai para a instituição, Giovana já sabe que ele é alguém que protege e cuida das pessoas com coragem e dedicação.

Legando Memórias e Inspiração

O coronel Rony reconhece que, mesmo com a intensa carga de trabalho, é fundamental ser um pai presente. Ele faz questão de levar a filha ao quartel sempre que possível, permitindo que ela testemunhe o que ele faz, criando memórias valiosas e ajudando-a a compreender o valor de seu trabalho.Segundo o coronel, o orgulho que sua filha sente ao vê-lo fardado é evidente, embora às vezes ela se sinta tímida diante da admiração que sua presença provoca entre os colegas e outras crianças. Para Giovana, a figura do pai bombeiro é uma parte normal da vida, mas também uma fonte de orgulho e inspiração.

Proteção e Aprendizado Mútuo

Como um bom bombeiro militar, o coronel Rony garante que faz da paternidade uma extensão de seu trabalho, tentando proteger e guiar sua filha da melhor forma possível. No entanto, ele reconhece que, muitas vezes, é ela quem lhe ensina, proporcionando um aprendizado mútuo que enriquece a relação de pai e filha."Como pai e bombeiro, sempre tento cuidar e proteger. Acho que isso não é exclusivo dos bombeiros, mas de todos os pais. Existe um amor incondicional pelo filho, assim como eu tenho pela minha filha. Muitas vezes, me vejo na posição de tentar protegê-la e defendê-la a todo custo, evitando que a vida a ensine por outros meios. No entanto, às vezes, percebo que ela está mais me ajudando do que eu a ajudando. Então, ao mesmo tempo em que sinto a necessidade de protegê-la, vejo nela muita força e equilíbrio", afirma o coronel Rony.

Inspiração Que Atravessa Gerações

A relação de um pai bombeiro protetor que cuida de sua menininha é uma história atual, mas poderia facilmente se confundir com um passado não tão distante na vida da coronel BM Vivian Rizziolli Côrrea. Ela conta que desde a infância teve uma figura paterna tão exemplar que lhe fez, aos cinco anos, desejar seguir os passos do pai, o coronel BM Sérgio Roberto Delamônica Corrêa, hoje na reserva.O coronel Delamônica relata com carinho o momento inesquecível em que percebeu que a paixão de sua filha Vivian por se tornar bombeira militar começou a acender em seu coração. "Quando estava fazendo o curso em Brasília, na minha formatura, ela pegou meu quepe e o colocou na cabeça. Para minha surpresa, ela me disse: 'Pai, eu também vou ser bombeiro'. Naquele momento, algo despertou em mim, e hoje vejo que ela se tornou oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso. Para mim, é uma grande honra tê-la na instituição", diz o coronel da reserva.

Superando Barreiras, Conquistando Espaço

A jornada de Vivian para se tornar oficial foi um reflexo de tudo o que ela observou em seu pai, durante o trabalho como bombeiro militar. Ela conta que viu nele um homem sempre disposto a ajudar o próximo, o que aumentou ainda mais sua admiração. Aos 12 anos, ela anunciou oficialmente que iria estudar para se tornar bombeira militar, para orgulho do pai, que também vem de uma família de militares.Mesmo em uma época em que as mulheres não faziam parte da corporação, o desejo de servir falou mais alto, e o incentivo do pai foi fundamental para que Vivian se arriscasse na pequena chance de se tornar uma bombeira militar, com apenas duas vagas disponíveis para mulheres. O que antes era apenas um sonho se tornou realidade, e Vivian foi aprovada, fazendo questão de honrar o pai ao se formar na mesma academia onde ele também se graduou.

Construindo uma Carreira Própria

Apesar de seguir os passos do pai, a coronel Vivian conta que buscou ser reconhecida pelo seu próprio mérito. Embora a comparação fosse inevitável, especialmente pelo fato de ser filha de um militar tão respeitado, o objetivo era ser tão boa quanto ele, de acordo com a coronel."A jornada não foi fácil. Enfrentei desafios, rompi barreiras e ajudei a abrir caminhos para que outras mulheres pudessem seguir na carreira militar. Hoje, olhando para trás, vejo o quanto contribuímos para a história do Corpo de Bombeiros. Mas, além das conquistas profissionais, o que mais me orgulha é a relação que construímos como pai e filha", garante a coronel.

Legado de Liderança e Inspiração

À medida que seu pai avançava na corporação e alcançava o posto de Comandante Geral em 2006, o desejo da coronel Vivian de contribuir ainda mais para a instituição, assim como seu pai, só aumentava. Ela sempre observou a forma tranquila e admirada com a qual o pai geria a instituição, buscando seguir essa mesma abordagem em sua própria carreira.Para o pai Delamônica, o vínculo é mais que uma relação pai-filha. É uma conexão forjada na dedicação e no amor ao servir. Para ele, o Corpo de Bombeiros Militar não foi apenas seu trabalho, mas um verdadeiro projeto de vida, que agora a filha também abraça com a mesma paixão de quando ele iniciou a carreira."Nós vivemos a instituição militar. Para mim, o militarismo sempre foi mais do que uma profissão. Na verdade, pode-se dizer que, ao transformar seu trabalho em um hobby, você nunca mais sentirá que está apenas trabalhando. E foi isso que eu fiz: transformei minha profissão em um hobby. Hoje, eu gosto de ser militar e de abraçar a profissão que escolhi, e acredito que ela também ama a profissão que escolheu. Por isso, desejo a ela o maior sucesso e que ela seja ainda melhor do que eu fui", diz o coronel RR Delamônica.Para Vivian, o legado do pai vai muito além das conquistas no Corpo de Bombeiros Militar. Ele foi e é um mentor em cada passo de sua jornada e, agora, torna-se a mesma referência para a filha dela, Mariana. "Mesmo com a rotina agitada, ele sempre esteve presente em minha vida e agora na vida de sua neta. Ele continua sendo um exemplo, não só para mim, mas para toda a família. Meu pai é a personificação do que significa ser um bombeiro militar: coragem, dedicação e, acima de tudo, amor ao próximo", conclui a coronel Vivian.
See More
Pais e filhos: casos raros, e marcantes, no futebol :: ogol.com.br
2024-08-11

Quando Pais e Filhos Compartilham o Campo de Futebol

O futebol é muito mais do que apenas um esporte - é uma paixão que é transmitida de geração em geração. Sentar-se na frente da TV ou na arquibancada para assistir a um jogo com o pai é uma experiência prazerosa e inesquecível. Mas imagine ter a oportunidade de compartilhar esse amor pelo futebol diretamente no campo, lado a lado com seu próprio filho. Essa é a realidade de alguns jogadores de futebol que tiveram a sorte de jogar com seus pais ou filhos.

Uma Conexão Única entre Gerações no Futebol

Quando Pais e Filhos Vestem a Mesma Camisa

Jogar futebol com seu pai ou filho é uma experiência única que poucos atletas têm a oportunidade de vivenciar. Essa conexão geracional no campo de jogo é algo especial e emocionante, pois permite que eles compartilhem sua paixão pelo esporte e criem memórias inesquecíveis juntos. Alguns craques brasileiros, inclusive campeões do mundo pela seleção, tiveram esse privilégio.Um exemplo notável é o do lendário Romário, que tentou voltar a jogar futebol apenas pelo prazer de atuar ao lado de seu filho, Romarinho. Embora eles não tenham chegado a jogar juntos na Segunda Divisão do Campeonato Carioca, o simples fato de treinarem lado a lado já demonstra o quão especial é essa conexão pai-filho no futebol.

Legados Familiares no Futebol Brasileiro

O futebol é um esporte que carrega uma forte herança geracional no Brasil. Muitos jogadores tiveram a oportunidade de seguir os passos de seus pais e jogar profissionalmente. Essa continuidade familiar no esporte é algo que enriquece a história do futebol brasileiro e cria laços emocionais únicos entre as gerações.Alguns exemplos notáveis incluem o próprio Romário, que teve a chance de jogar com seu filho Romarinho, e o Baixinho, campeão do mundo pela seleção brasileira, que também compartilhou o campo de jogo com seu filho. Esses momentos de conexão entre pais e filhos no futebol são verdadeiramente especiais e demonstram o quanto o esporte pode unir as famílias.

Superando Desafios Juntos no Campo

Jogar futebol com um pai ou filho não é apenas uma experiência emocional, mas também um desafio técnico e tático. Ambos precisam se adaptar às habilidades e estilos de jogo um do outro, trabalhando em conjunto para alcançar o sucesso em campo.Essa dinâmica única de pai-filho no futebol requer comunicação, compreensão e um profundo respeito mútuo. Superar os desafios juntos e alcançar vitórias como uma equipe fortalece ainda mais os laços entre eles, criando memórias inesquecíveis que serão guardadas para sempre.

Inspirando a Próxima Geração de Jogadores

Quando pais e filhos compartilham o campo de futebol, eles não apenas criam uma conexão pessoal, mas também inspiram a próxima geração de jogadores. Esses momentos especiais servem como um exemplo vivo de como o esporte pode unir as famílias e transmitir a paixão pelo futebol de uma geração para a outra.Ao ver seus ídolos jogando lado a lado com seus filhos, os torcedores e jovens aspirantes a jogadores são motivados a seguir seus próprios sonhos no futebol. Essa inspiração pode ser um catalisador poderoso para o desenvolvimento do esporte e a descoberta de novos talentos.
See More