Pais Filhos
Como a epigenética pode influenciar a saúde dos filhos antes mesmo da gravidez
2024-06-03

Em recentes estudos, especialistas apontam que a preparação para uma gravidez saudável começa muito antes da concepção, sugerindo que casais que desejam aumentar as chances de terem filhos saudáveis devem começar a cuidar da própria saúde com antecedência, idealmente um ano antes das tentativas de conceber. Este conceito, fundamentado na ciência da epigenética, destaca-se como um fator potencialmente mais influente do que a genética na determinação de certas características dos futuros descendentes.

O ortopedista Uronal Zancan, dedicado ao estudo da epigenética, explica que as mudanças no estilo de vida e na saúde dos pais antes da concepção podem alterar significativamente a predisposição genética de seus filhos para condições como obesidade. “Pais que historicamente foram obesos mas emagreceram antes de conceber tendem a ter filhos com menor predisposição à obesidade”, exemplifica Zancan. Este fenômeno evidencia como as ações voltadas para a saúde não apenas transmitem os genes, mas também podem atuar como um bloqueio à manifestação de certas predisposições genéticas.

Exercícios físicos e alimentação saudável são importantes durante a gravidez (Foto: Freepik)

A influência da epigenética não se limita à predisposição para obesidade, afetando também aspectos como força muscular, capacidade cardiovascular, perfil hormonal e até mesmo o funcionamento geral dos sistemas do corpo. Segundo Zancan, o campo da epigenética é relativamente novo, com descobertas importantes sobre sua transmissão aos filhos e netos surgindo em pesquisas recentes.

Além disso, o ortopedista alerta para o fato de que condições vivenciadas pelos pais, como estresse, depressão e doenças degenerativas, podem ser transmitidas por até duas gerações. Essa transmissão não se restringe apenas à proteção ou vulnerabilidade a doenças, mas também ao estado de saúde geral no momento da concepção.

É indicado que casais melhorem a sua qualidade de vida antes de engravidar (Foto: Pixabay)

Para casais que já estão esperando um filho e não estavam familiarizados com o conceito de epigenética até agora, ainda há esperança. A adoção de hábitos saudáveis é encorajada como meio de minimizar os efeitos negativos potenciais. “A melhor forma de educar nossos filhos é sermos exemplos do comportamento saudável que desejamos para eles”, conclui Zancan.

“Se conselho fosse bom… Virava podcast”: a importância da troca de experiências na parentalidade
2024-06-04

A parentalidade não tem guia e nem roteiro. Cada mãe é única. Cada pai é único. Cada filho é único. Mas a troca de experiências entre pais e mães é fundamental para entender que você não está sozinho nessa missão. A gente acredita plenamente que só juntos é possível formar famílias mais felizes. Por isso, nos juntamos com Pampers na última quarta-feira, 29 de maio, para o primeiro episódio da série “Se conselho fosse bom… Virava Podcast” para compartilhar vivências e fortalecer a rede de apoio. 

Para isso, convidamos Betho Fers, pai de Stephanie, Doula de Adoção e co-idealizador do projeto Papaipeando, onde compartilha informações valiosas sobre a paternidade, processo de adoção e diversidade; e Kamilla Salgado, mãe de Bento e Victoria, empreendedora e influencer digital de família, maternidade, estilo, positividade. A conversa foi mediada por Andressa Simonini, CMO da Pais&Filhos, filha de Branca Helena e Igor. 

Kamilla Salgado e Betho Fers foram os primeiros convidados de “Se conselho fosse bom… Virava podcast” – (Foto: Divulgação)

Trocando experiências

Andressa começou reforçando: “Para criar um filho, é preciso de uma aldeia. Nesse sentido, nós nos reunirmos juntos aqui e falar sobre isso também tem função de aliviar o peso”. Ela ainda completou que é fundamental saber filtrar os conselhos que chegam após o nascimento de um filho. E isso significa ouvir e talvez testar, mas checar se essa medida cabe na sua realidade. Kamilla Salgado concordou com o ponto de vista e comentou que para ela, esse compartilhar vai além da troca de experiências, mas traz um sentimento de pertencimento: “Quando você compartilha, percebe que aquela ideia não é só sua”. 

Na sequência, tanto Kamilla quanto Betho relataram “conselhos ruins” que ouviram. O pai de Stephanie pontuou a necessidade de entender as particularidades de cada família na hora do conselho e como não sentiu isso na própria situação, de dois pais adotando uma bebê. Betho ainda falou sobre os preconceitos com adoção que sofreu tanto de conhecidos quanto familiares.

Ele se emocionou ao lembrar da adaptação da filha e como eles precisaram “ensiná-la a chorar”, ou seja, mostrar que ela poderia fazer isso e seria acolhida. “A gente tem uma visão deturpada do papel da infância e tende a não olhar a criança como protagonista do processo dela. E eu olho a todo momento pra minha filha, querendo que ela lute pelos desejos dela. Muito da minha luta é porque eu vim de uma família em que isso não acontecia, a criança obedecia, tinha que ficar calada. Eu quero que minha filha tenha participação ativa, porque quero que ela seja assim no futuro”, defende. 

É sobre o que funciona para você 

Kamilla, agora como mãe de dois, desabafou: “Nessa segunda maternidade, estou bem mais cansada. São dias e dias, tem pedras no caminho, mas a gente vai encontrando soluções”. Nesse processo, a influenciadora comentou sobre a importância da rede de apoio, afirmando que recebe ajuda, além da sua mãe como braço direito. Betho ainda acrescentou: “Nós esquecemos que a rede de apoio precisa acontecer para apoiar a conexão do adulto com a criança. Eu não preciso que alguém chegue na minha casa e fale: ‘Você precisa lavar a louça’, mas ‘vou lavar a louça para você poder focar na sua filha’”. 

Confira o que rolou no podcast da Pais&Filhos em parceria com Pampers – (Foto: Divulgação)

Andressa destacou que não tem certo e errado dentro da parentalidade: “Dentro do conselho bom e bacana, há o caminho do meio. As famílias têm as suas peculiaridades, fomos criados de formas diferentes, e é justamente isso que é legal”. Kamilla concordou e lembrou: “Às vezes, o que funciona para um, não funciona para outro e está tudo bem”.

Betho também falou sobre a importância da individualidade dos pais da criança e de cada um encontrar a sua forma de maternar ou paternar, usando o próprio contexto como exemplo. “A parentalidade é um atravessamento na vida. Eu vou para qualquer conversa como pai da Stephanie, eu não deixo isso para trás”. Kamilla finalizou: “Saber um pouco da realidade de cada um, engrandece muito a minha”.

Muito mais do que indicar caminhos, a Pais&Filhos e a Pampers se colocam como mais um membro dessa rede de apoio familiar, para que pais e mães exerçam sua parentalidade de forma mais leve. Por isso, esse é apenas o primeiro episódio dessa série de podcasts. O próximo, acontece dia 17 de junho e te esperamos lá, no YouTube e Facebook da Pais&Filhos

Assista ao podcast completo:

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Luana Piovani fala sobre saudades do filho após polêmica com Neymar “Dias tumultuados”
2024-06-05

Nesta quarta-feira, 5 de junho, a atriz Luana Piovani publicou no Instagram um texto para desabafar sobre a saudade que sente de Dom, seu filho de 12 anos que veio morar com o pai no Brasil. Piovani também tem mais dois filhos com Pedro Scooby, que moram com a atriz em Portugal.

Luana Piovani falou sobre o filho decidir ir morar com o pai (Foto: Reprodução/ Instagram)

Na última semana, os filhos de Luana e Pedro Scooby, foram citados em uma polêmica discussão entre a atriz e o jogador por conta da PEC para privatização das praias brasileiras. Durante a troca de farpas, Piovani disse que Neymar era um “péssimo homem, pai e cidadão”, desejando que os seus filhos não tivessem o jogador como ídolo. Em resposta, Neymar citou que sempre tratou os filhos da atriz muito bem e que segundo ele, entendia o motivo de seu filho mais velho preferir morar com o pai. 

A atriz discutiu com o jogador por conta da privatização das praias brasileiras (Foto: Reprodução/ Instagram)

“Uma vez, eu estava aos prantos por causa de um boy-lixo no aeroporto, e um rapaz se aproximou, deu-me um lenço de papel e disse: ‘Não chora, Luana. Menina bonita, não chora’. Mal sabia ele… Que alívio poder chorar em paz num aeroporto, foi o que fiz essa manhã. Chorei, chorei e chorei mais um pouco. Normalmente, essa válvula de escape é utilizada a cada 3 ou 4 dias. Mas como os últimos dias foram muito tumultuados, acho que deixei acumular”, escreveu Luana.

A atriz também relembrou a decisão de seu filhodecidir morar com o pai no Brasil, “Tem sido muito difícil estar longe do meu filho. Eu trabalho, durmo, vivo, movimento, mas aqui dentro não tem pedra sobre pedra. Mas é impressionante como a gente se adapta, coloca a dor numa prateleira mais alta e vai aprendendo a conviver com ela”, contou.

Luana Piovani ainda ressaltou a sua vulnerabilidade como pessoa, lembrando que apesar de ser uma figura pública conhecida, ela ainda precisa lidar com inúmeras situações da sua vida, como por exemplo a situação da criação dos seus filhos com Pedro Scooby, “Pra mim, é até difícil escrever a respeito. Não sei que adjetivos usar porque é uma mistura de tristeza, indignação, raiva, culpa e impotência. Resolvi compartilhar isso com vocês porque faz anos que tento desmistificar, através do meu exemplo, pessoas famosas. Acho justo que possamos chorar em paz. A fama não nos blinda da vida, que é cheia de som e fúria”, concluiu a atriz.

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