
A música “Pais e Filhos” da Legião Urbana é uma daquelas que a letra apresenta camadas muito mais profundas do que a primeira análise pode desvendar. O hit trata de temas fortes como suicídio e a relação entre pais e filhos – que pode ser problemática.
Pouco antes do refrão, Renato Russo canta uma das frases mais enigmáticas da canção: “meu filho vai ter nome de santo / quero o nome mais bonito”. Mas o que será que isso significa?
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Analisando o contexto da música, Russo escreve sobre pontos de conexão entre pais e filhos e cenas comuns como ter medo de escuro e colocar a criança para dormir. Uma dessas cenas que também são recorrentes é quando os pais escolhem o nome do futuro filho.
“Essa é outra frase que falamos bastante. Que quando o filho nascer, vai ter nome de santo; ou seja, o nome mais bonito. São os pais escolhendo o nome para os filhos. É mais um exemplo da relação dos pais com os filhos. Só que dessa vez é antes até da criança nascer. O Renato fala sobre essa relação. Isso de colocar nome bíblico”, diz o canal Musicália.
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Já o Psicanálise Clínica entende que é o próprio personagem que narra a música que agora imagina sobre como será ter um filho e não ele se lembrando da criança que cresceu e infelizmente tirou a própria vida “Após a fase de infância e adolescência explícitas na música, vem a idade adulta. Nesta fase, a personagem da música já pensa em ter filhos e pensa em seus nomes”.
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Por fim, o site Versos e Prosas faz uma análise polêmica desse trecho de “Pais e Filhos” dizendo que essa frase fala sobre Giuliano Manfredini, que é o filho adotivo de Renato Russo.
“Pais e Filhos ainda inclui outras passagens falando sobre a relação entre pais e filhos com uma melodia muito bem produzida. Em relação aos versos ‘meu filho vai ter nome de santo’, essa é uma menção direta ao próprio filho de Renato, Giuliano Manfredini, que residia com os seus avós (os pais de Renato), em Brasília”.
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O problema dessa interpretação é que não existe um santo com o nome Giuliano. Pelo menos não um conhecido a ponto de na cultura popular ganhar o título de “nome de santo”. Existe o São Juliano, padroeiro dos viajantes na tradição católica.
“Aqui é a grande mensagem da música. Ele está contando um enredo que começa com o fato de a menina ter se suicidado no começo da letra. Depois, ele fala sobre vários momentos da relação dos pais com os filhos. No refrão, surge a mensagem: ‘É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha’. Só que você não sabe se vai ter o amanhã. Por isso é preciso hoje amar quem está próximo. Os filhos precisam amar os pais e os pais amar os filhos, já que não se sabe o amanhã. A menina se suicidou. Eles deviam ter se amado mais. É uma mensagem de muito amor”.
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Gil Rugai (à esquerda), Suzane von Richthofen (no centro) e Marcelo Pesseghini e o pai (à direita) — Foto: Montagem g1/Luara Leimig-TV Vanguarda/Leonardo Benassatto-Estadão Conteúdo/TV Globo
Mesmo após anos, as histórias de integrantes das famílias Richthofen, Pesseghini, Rugai e Gonçalves mortos pelos próprios filhos ainda causam impacto pelo requinte de crueldade. Relembre os casos abaixo:
Cristian, Daniel e Suzane von Richtofen, na época em que foram presos, em 2002 — Foto: Reprodução/ Globo News
Um dos crimes mais conhecidos do Brasil, que já rendeu livros e filmes, é o assassinato de Manfred Albert e Marísia von Richthofen. Em 2002, a própria filha do casal, Suzane, planejou o crime contra os pais. Ele teve a ajuda do namorado e do cunhado, Daniel e Cristian Cravinhos, que executaram o homicídio.
Inicialmente, o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), porém as investigações começaram a apontar para o trio. No final, eles confessaram o crime.
Em 2006, eles foram submetidos a júri popular. Suzane e Daniel foram condenados a 39 anos e seis meses de prisão. Enquanto Cristian recebeu a pena de 38 anos e seis meses em regime fechado. Os três foram encaminhados à Penitenciária 2 de Tremembé, no interior do estado, conhecida como “prisão dos famosos”.
Já Cristian Cravinhos chegou a ir para o regime aberto em 2017, porém perdeu o benefício após ser preso suspeito de agredir uma mulher e tentar subornar policiais. Atualmente, ele segue no regime semiaberto.
Imagem de arquivo – Gil Rugai também pede para cumprir restante da pena fora da prisão — Foto: GloboNews
Um dia após o crime, o vigia da rua disse que teria visto o estudante saindo da casa do pai na noite do crime, na companhia de outra pessoa não identificada.
Gil teria dado um desfalque de mais de R$ 25 mil (em valores da época) à empresa do pai, razão pela qual havia sido expulso do imóvel cinco dias antes do crime. Ele cuidava da contabilidade da produtora Referência Filmes.
Em 2013, ele foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelos homicídios dos publicitários. Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, manteve a condenação definitiva de Gil, e o caso passou à condição de transitado em julgado, quando não é mais passível de recursos, segundo informou o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Desde o crime, Gil Rugai já teve diversas entradas e saídas da prisão. Atualmente ele cumpre a pena a que foi condenado na Penitenciária de Tremembé, interior paulista, onde está desde 2016.
O casal de policiais militares Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, e Luís Marcelo Pesseghini, com o filho, Marcelo Pesseghini, de 13 anos — Foto: Reprodução/TV Globo
Outro caso envolvendo pais e filhos que chocou o país foi da família Pesseghini. O adolescente Marcelo, de apenas 13 anos, usou a pistola .40 da mãe para executar os pais, que eram policiais militares, a avó materna e a tia-avó.
Após a chacina, ele se matou com um tiro na cabeça na casa onde a família morava. O crime ocorreu em 5 de agosto de 2013, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo.
Todas as vítimas estavam dormindo, segundo a polícia. O motivo do crime, de acordo com laudo psiquiátrico, foi uma doença mental que levou Marcelinho a acreditar que era o personagem do game Assassins Creed, um assassino profissional.
Em 2018, em entrevista ao g1, os avós paternos de Marcelo informam ter procurado a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), para tentar reabrir o caso da chacina da família dele em São Paulo – que foi arquivado pela Polícia Civil.
O avô Luís Pesseghini acredita que Marcelo não matou a família em razão do temperamento. “Ele era tímido, dócil”, diz o avô. “A investigação só se preocupou em acusar o menino ao invés de procurar quem seria o verdadeiro assassino.”
Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados no ABC — Foto: Reprodução/TV Globo
O casal e o filho foram mortos em 27 de janeiro de 2020, com golpes na cabeça. A família morava em um condomínio fechado de casas em Santo André.
A filha do casal, Anaflávia Martins Gonçalves, e a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu, foram responsáveis por planejar o crime. O objetivo era roubar R$ 85 mil da família que estariam num cofre. Como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.
Além de Lucas Jagger, veja mais filhos de famosos que se formaram fora do país — Foto: Instagram
No último dia 15, Lucas Jagger, filho da apresentadora Luciana Gimenez com o astro Mick Jagger, se formou em Library Arts pela Universidade de Nova York. A ocasião foi tão especial, que a apresentadora e o roqueiro não conseguiram segurar as lágrimas durante a cerimônia.
“Não me interessa mais nada… Ai, meu Deus. Quanto orgulho”, declarou Gimenez, que não conteve a emoção e chorou em vários momentos da cerimônia.
Lucas Jagger e Luciana Gimenez — Foto: Reprodução Instagram
Luciana Gimenez posa ao lado de Mick Jagger na formatura de seu filho
E ele não é o único! Alguns outros filhos de famosos também se formaram em instituições no exterior. Veja a lista que o gshow preparou com 9 herdeiros que concluíram a educação fora do país.
Sasha Meneghel — Foto: Reprodução/Instagram
A filha da Rainha dos Baixinhos se formou em Moda na Parsons School of Design em Nova York, nos Estados Unidos durante a pandemia em 2020. A faculdade é considerada a Top 1 em Moda do país e está entre as três melhores do mundo.
João Augusto Liberato, primogênito de Gugu Liberato, se formou nos Estados Unidos — Foto: Instagram
O filho primogênito de Gugu Liberato cursou administração de empresas, com especialização em comunicação, na Rollings College, na Flórida, Estados Unidos. Ele ingressou no curso em 2020 e se formou no início deste mês.
Xanddy e Carla Perez nas formaturas dos filhos, Camilly Victória e Victor Alexandre, nos Estados Unidos — Foto: Instagram
Os filhos de Xanddy e Carla Perez vivem nos Estados Unidos e se formaram na High School, o colegial, em Orlando, na Flórida. Camily completou a graduação em 2019 e seu irmão, Victor, em 2022. Em 2021, Camily também concluiu o curso de produção musical em uma faculdade da Flórida.
Galvão Bueno e Luca — Foto: Reprodução/Instagram
O caçula de Galvão Bueno se formou em Cinema pela Full Sail University, em Winter Park, na Flórida. Ao contrário do pai, Luca preferiu se manter atrás das câmeras, e, inclusive, fez um curta-metragem que participou do 23° Beverly Hills Film Festival (BHFF).
Yasmin Brunet — Foto: Divulgação
A ex-BBB foi morar em Nova York, nos Estados Unidos, aos 17 anos para trabalhar como modelo e se formou no ensino médio por lá. Em seguida, a filha de Luiza Brunet ingressou na NYU, onde se formou no curso de cinema.
Fátima Bernardes participa de formatura do filho — Foto: Instagram
Um dos trigêmeos de William Bonner e Fátima Bernardes também escolheu se estudar fora do país. Em 2023, Vinicius se formou em engenharia na Télécom Paris, em Paris, na França.
Glenda Kozlowski e o filho, Eduardo — Foto: Instagram
Quem também concluiu os estudos fora recentemente foi Eduardo Kozlowski. No último dia 18, o filho da apresentadora Glenda Kozlowski se formou na Montverde Academy, na Flórida, EUA.
Nívea Stelmann comemora último dia do filho no ensino médio — Foto: Reprodução/Instagram
Em 2023, o filho mais velho de Nívea Stelmann se formou no ensino médio em Orlando, nos Estados Unidos, onde vive com a mãe desde 2017.