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Governo Federal lança cadastro nacional para de pessoas com transtorno do espectro autista
2024-07-19

Cadastro Nacional de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista: Uma Iniciativa Transformadora

O governo federal anunciou recentemente o lançamento do SisTEA, um sistema nacional de cadastro para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa nova ferramenta visa formular, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas voltadas para esse público, buscando promover a inclusão e o reconhecimento dessas pessoas. Embora a participação de estados, municípios e do Distrito Federal não seja obrigatória, a iniciativa representa um passo importante na padronização e simplificação da identificação das pessoas com TEA em todo o país.

Uma Jornada de Inclusão e Empoderamento

Padronizando a Identificação

O SisTEA, Sistema Nacional de Cadastro da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, surge como uma solução inovadora para unificar e simplificar a identificação das pessoas com TEA em todo o território nacional. Ao aderir ao sistema, os entes federativos terão acesso a uma base de dados restrita e poderão emitir um documento de identificação válido em todo o país, o Ciptea (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista). Essa iniciativa visa facilitar o acesso a serviços e garantir o reconhecimento dos direitos dessa população.

Promovendo Políticas Públicas Efetivas

O SisTEA representa um passo importante na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas voltadas para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Ao centralizar as informações em um sistema nacional, o governo federal poderá obter uma visão mais abrangente das necessidades dessa comunidade, permitindo o desenvolvimento de ações e programas mais eficazes e direcionados. Essa iniciativa é fundamental para garantir que as pessoas com TEA tenham acesso a serviços de saúde, educação, assistência social e oportunidades de inclusão social.

Reconhecendo a Diversidade do Espectro

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por um desenvolvimento atípico, déficits na comunicação e interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos. No entanto, é importante ressaltar que cada indivíduo com TEA possui uma vivência única, que deve ser respeitada e valorizada. O SisTEA reconhece essa diversidade, buscando promover políticas públicas que atendam às necessidades específicas de cada pessoa, respeitando suas particularidades e promovendo a inclusão em todos os âmbitos da sociedade.

Fortalecendo a Conscientização e a Solidariedade

A criação do SisTEA também representa um importante passo na conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista. Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com o objetivo de destacar a importância do tema e incentivar a solidariedade com essa causa. Essa iniciativa federal contribui para ampliar o conhecimento e a compreensão sobre o TEA, não apenas entre as pessoas com o transtorno e suas famílias, mas em toda a sociedade. Essa conscientização é fundamental para promover a inclusão e o respeito às diferenças.

Valorizando as Pessoas com Deficiência

Durante o anúncio do SisTEA, o presidente ressaltou a importância de políticas públicas voltadas para pessoas com deficiências, afirmando que "o povo mais carente desse país, que é o povo mais pobre desse país, que são milhões de brasileiros, dentre eles as pessoas com deficiência" são os que mais necessitam do apoio do Estado. Essa declaração demonstra o compromisso do governo em priorizar ações que visem melhorar a qualidade de vida e promover a inclusão das pessoas com deficiência, incluindo aquelas com Transtorno do Espectro Autista.O lançamento do SisTEA representa um marco significativo na jornada de inclusão e empoderamento das pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Brasil. Essa iniciativa federal, embora não obrigatória para estados, municípios e o Distrito Federal, tem o potencial de transformar a realidade dessa comunidade, garantindo o acesso a serviços essenciais, a promoção de políticas públicas efetivas e o reconhecimento da diversidade que caracteriza o espectro autista. Ao valorizar e incluir as pessoas com deficiência, o governo federal demonstra seu compromisso em construir uma sociedade mais justa, equitativa e acessível para todos.
Crianças e telas: orientações, perigos e dicas para garantir a saúde física e mental
2024-07-19

Tecnologia e Saúde: Encontrando o Equilíbrio Saudável

A tecnologia se tornou uma parte integral de nossas vidas, transformando a forma como nos conectamos, aprendemos e nos divertimos. No entanto, essa integração nem sempre é harmoniosa, especialmente quando se trata do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes. Este artigo explora os impactos da tecnologia na saúde física e mental dos jovens, oferecendo orientações valiosas para os pais navegarem nesse desafio e encontrarem um equilíbrio saudável.

Desvendando os Desafios da Era Digital

Tempo de Tela: Uma Realidade Preocupante

O Brasil está entre os países que mais tempo passam conectados, segundo o DataReportal. Além disso, uma pesquisa da Universidade de Pequim revela que crianças entre 6 e 14 anos passam, em média, 2,77 horas por dia em frente às telas. Esses dados alarmantes apontam para um aumento exponencial de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, entre 2010 e 2022, com aumentos de 134% e 106%, respectivamente. Esses números destacam a necessidade urgente de abordar o impacto da tecnologia em nossas vidas e repensar nossos hábitos.

Impactos Físicos e Emocionais do Uso Excessivo de Telas

O uso excessivo de telas pode ter consequências significativas na saúde física e mental das crianças e adolescentes. Alguns dos principais impactos incluem:- Distúrbios do sono: A exposição à luz azul emitida pelas telas pode afetar o ciclo circadiano, levando a uma perda de sono adequado.- Problemas posturais e dores musculares: Longas horas em frente a dispositivos podem causar problemas de postura e dores.- Dificuldades de aprendizado e atenção: O uso excessivo de telas pode levar a dispersão, baixo rendimento escolar e déficit de atenção.- Isolamento social: O tempo gasto em dispositivos eletrônicos pode resultar em um menor engajamento em atividades sociais presenciais.- Irritabilidade e problemas emocionais: O cérebro pode se tornar cansado devido à exposição prolongada, levando a irritabilidade, depressão e ansiedade.- Sedentarismo e obesidade: O tempo gasto em frente às telas pode contribuir para um estilo de vida sedentário e problemas de saúde relacionados.- Alterações visuais: A exposição constante a telas pode causar problemas oculares, como fadiga visual e dificuldades de foco.

Orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) fornece diretrizes claras sobre o uso de telas por crianças e adolescentes. Elas recomendam:- Até 2 anos de idade: Nenhum uso de telas.- De 3 a 10 anos: Máximo de 1 hora de uso de telas por dia.- De 10 a 20 anos: Máximo de 3 horas de uso de telas por dia.A Dra. Lindnalva Borges Gonçalves, especialista em hebiatria do Hospital Santa Catarina – Paulista, enfatiza que qualquer tempo de exposição a telas além do recomendado pela SBP já representa um risco à saúde física e mental.

Construindo Hábitos Saudáveis

Para ajudar os pais a lidar com o uso excessivo de telas por seus filhos, a Dra. Lindnalva oferece algumas dicas valiosas:- Promover maior interação entre pais e filhos, incentivando brincadeiras lúdicas e atividades ao ar livre.- Incentivar o diálogo familiar, como jantar juntos à mesa, sem a presença de dispositivos eletrônicos.- Estabelecer regras e horários claros para o uso de telas, permitindo-as apenas sob supervisão.- Priorizar sites e aplicativos leves e educativos, evitando o acesso a redes sociais antes da idade permitida.- Encorajar a saída das telas, incentivando outras atividades que promovam o desenvolvimento saudável.- Garantir que o comportamento dos pais em relação às telas seja coerente com o que eles orientam aos filhos.

O Hospital Santa Catarina – Paulista: Referência em Cuidados Pediátricos

O Hospital Santa Catarina – Paulista é reconhecido como um dos melhores hospitais do Brasil e do mundo, de acordo com o ranking The World's Best Hospitals/Newsweek. Com um Centro de Pediatria completo, atendimento humanizado e equipe multidisciplinar especializada, o hospital está preparado para oferecer o cuidado seguro e de qualidade que as crianças e adolescentes precisam.Juntos, pais, profissionais de saúde e a sociedem podem trabalhar para tornar a tecnologia uma ferramenta benéfica, equilibrando seu uso e promovendo o desenvolvimento saudável de nossas crianças e jovens.
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Especialista alerta que alimentação dos pais influencia dieta de filhos
2024-07-18

Alimentação Saudável: O Poder da Influência Familiar

Mesmo que a introdução alimentar esteja correta, as crianças tendem a imitar os hábitos alimentares de seus pais. Essa influência começa ainda na gestação e pode afetar até a terceira geração. Entender essa dinâmica é fundamental para promover uma alimentação saudável desde a infância.

Transformando Hábitos, Construindo Vidas Saudáveis

A Influência Familiar na Alimentação Infantil

A nutricionista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Alana Gouveia, destaca que as crianças têm maior chance de apresentar problemas na alimentação quando os pais não adotam uma dieta saudável. "Por mais que os pais façam uma introdução alimentar correta, a criança vai observar e querer comer o mesmo que a família. Se a família consome batata frita, a criança vai questionar por que precisa comer brócolis", explica a profissional.Essa influência começa ainda na gestação. "Hoje em dia, sabemos que o que a mãe come durante a gestação já influencia na padronização genética do bebê. O líquido amniótico muda de sabor, fazendo com que a criança desenvolva um paladar tendente a alimentos mais doces ou frituras. Isso pode afetar até a terceira geração", alerta Gouveia.

Construindo Hábitos Saudáveis desde a Infância

Tainane Martins, mãe de Alice, de 6 anos, entende a importância de oferecer uma alimentação saudável à sua filha. "Ofereço muita fruta e verdura. Ela come tudo que eu como, procuro tomar cuidado com o que coloco no prato para ela ter bom exemplo", conta a mãe.Segundo a nutricionista Alana Gouveia, essa abordagem é fundamental. "Para que os hábitos sejam mantidos, eles precisam ser vistos. Não tem outra forma. Os pais precisam dar um exemplo real dentro de casa. Se querem que o filho coma arroz, feijão, brócolis e ovos, devem mostrar isso na prática", explica a profissional.

Apoio Profissional e Conscientização Familiar

Claudia Nogueira, gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Riacho Fundo, destaca a importância de buscar o apoio de profissionais da saúde. "É importante procurar um nutricionista caso haja seletividade alimentar alta. Reapresentar alimentos à criança pode ser necessário para que aprenda a comer de forma saudável. O ideal é consultar um nutricionista para abordar e orientar corretamente a criança. É possível encontrar apoio para esse acompanhamento alimentar nas UBSs", orienta.Além disso, Nogueira ressalta a necessidade de trabalhar a conscientização das famílias. "A refeição fornecida nas escolas melhorou nos últimos anos, mas precisamos trabalhar a conscientização das famílias", afirma a gerente.

Refeições em Família: Fortalecendo Laços e Promovendo Saúde

Reunir a família em torno da mesa para compartilhar refeições não apenas fortalece os laços familiares, mas também tem impactos positivos na saúde e alimentação dos pequenos. Um projeto da Universidade Harvard analisou 15 anos de pesquisas acadêmicas sobre refeições familiares e descobriu resultados significativos. Crianças que jantam regularmente em família costumam consumir mais nutrientes de frutas e vegetais, têm índices menores de obesidade e menor propensão a serem obesos quando adultos, além de ingerirem menos calorias do que se estivessem comendo fora de casa.

O Papel da Escola na Promoção de Hábitos Saudáveis

A escola também é um excelente ambiente para ensinar e cultivar bons hábitos alimentares, já que parte do tempo e das refeições da criançada acontece ali. A obesidade infantil é uma das principais preocupações do Programa Saúde na Escola (PSE) da SES-DF. "A refeição fornecida nas escolas melhorou nos últimos anos, mas precisamos trabalhar a conscientização das famílias", explica a gerente da UBS 1 do Riacho Fundo, Claudia Nogueira. O foco é promover bons hábitos para a vida dos estudantes.Por meio do PSE, a UBS lançou uma ação em seis escolas públicas da região para focar na alimentação saudável do público infantojuvenil. "Conseguimos pesar mais de 90% das crianças, identificando aquelas com obesidade, sobrepeso e baixo peso", conta a gerente. Os jovens foram divididos entre as equipes de cuidado para acompanhamento, solicitação de exames e encaminhamento a consultas. "O intuito é replicar a prática em várias outras escolas da capital", complementa.
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