Pais Filhos
Robert e Erik Scheidt, pai e filho, abrem coração sobre relação e aproximação através do esporte
2024-08-09

Pai e Filho: Uma Jornada Compartilhada na Vela

Robert Scheidt, bicampeão olímpico de vela, e seu filho Erik Scheidt, também velejador, conversaram exclusivamente com a Pais&Filhos sobre a emoção de compartilhar a paixão pelo esporte e a experiência de competirem juntos em um campeonato.

Quando a Vela se Torna um Legado Familiar

O Início da Jornada

Robert Scheidt relembra como o esporte entrou em sua vida: "O esporte entrou na minha vida por causa do meu pai. Comecei a velejar aos nove anos, na Represa do Guarapiranga, com um barco que foi presente dele, e aos onze, ganhei meu primeiro título importante, o sul-americano da Classe Optimist." Essa experiência precoce com a vela despertou sua paixão pela modalidade, levando-o a se dedicar integralmente à ela, deixando de lado outra de suas paixões, o tênis.

Incentivando a Próxima Geração

Robert Scheidt sempre incentivou o esporte dentro de casa e vê na relação com seu filho Erik uma oportunidade de fortalecer os laços familiares. "Desde que o Erik nasceu, o esporte já fazia parte da minha vida e vê-lo escolher seguir o mesmo caminho, dentro de tantas possibilidades, é um presente e motivo de muito orgulho." Essa conexão pai-filho se fortaleceu ainda mais quando eles tiveram a oportunidade de competir juntos em um Campeonato Brasileiro de Vela. "Voltar a disputar um Campeonato Brasileiro, tendo como parceiro meu filho, foi indescritível e um ótimo momento para fortalecer a conexão de pai e filho."

Inspiração e Aprendizado Mútuo

Para Erik Scheidt, seu pai é uma inspiração constante. "Eu sempre vi meu pai seguir os sonhos dele com determinação e garra para conquistar tudo o que conquistou. A trajetória dele me motiva e inspira a ser melhor todos os dias." Essa admiração se traduz em um aprendizado valioso durante as competições em que pai e filho participam juntos. "Aprendo muito quando velejamos juntos e conseguimos alcançar ótimos resultados. A natureza aproxima muito a gente quando estamos na água e fazemos quase tudo juntos."

A Paternidade e o Esporte

Robert Scheidt sempre sonhou em ser pai e encontrou na paternidade uma oportunidade de transmitir seus ensinamentos e valores. "Meu grande sonho sempre foi ser pai, formar a minha família, que é uma das coisas mais gratificantes que eu tenho hoje. Eu procuro passar tudo o que aprendi com o meu próprio pai para os meus filhos, dentro e fora do esporte, incentivando a importância do movimento." Essa conexão familiar se fortaleceu ainda mais quando Robert e Erik tiveram a oportunidade de gravar uma campanha juntos para o Dia dos Pais.

Projetando o Futuro

Erik Scheidt segue os passos do pai na vela, com o apoio e a orientação de Robert. "Minha mãe e meu pai praticam esporte e têm o esporte como parte fundamental da vida deles. Eu escolhi e me apaixonei pela Vela e pretendo seguir me aperfeiçoando na modalidade, mas levando sempre em conta o conselho do meu pai de que preciso me profissionalizar aos poucos e respeitar a minha evolução." Com essa orientação e a inspiração da trajetória do pai, Erik busca alcançar suas próprias realizações no esporte que tanto ama.
Dia dos Pais: quando pais e filhos são parceiros em sala de aula
2024-08-09

Gerações Unidas: Pais e Filhos Compartilhando o Caminho do Conhecimento

Diferentes gerações, um objetivo comum: construir um futuro melhor por meio da educação. Nesta homenagem ao Dia dos Pais, exploramos histórias inspiradoras de pais, filhos e filhas que se encontram nas Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado, unidos pelo desejo de crescimento e realização pessoal.

Laços que Transcendem Gerações: Pais e Filhos Rumo ao Sucesso Acadêmico

Guaíra: Quando o Exemplo Paterno Inspira uma Nova Jornada

Na Etec de Guaíra, Victor Hugo Garcia e seu pai, Alan Garcia, compartilham não apenas o mesmo teto, mas também a mesma sala de aula. Enquanto Victor cursa a terceira série do Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração durante o dia e o técnico em Seguros à noite, seu pai retornou aos bancos escolares após anos de trabalho árduo.Alan, que antes se dedicava a diversas profissões, desde motorista a borracheiro, sempre acreditou que o esforço físico seria suficiente para alcançar seus sonhos. No entanto, a chegada de Victor o fez repensar seus planos. "Diferentemente de mim, ele começou a trabalhar muito cedo e não demonstrou interesse em seguir uma faculdade até eu nascer. Acreditava que conseguiria alcançar seus sonhos apenas com esforço, mas hoje faz o possível para que eu siga um caminho diferente", conta o filho.Agora, Alan se arrepende de não ter estudado antes e incentiva Victor a trilhar um caminho diferente do seu. "Ele se arrepende de não ter estudado antes e sempre me diz que 'a caneta é mais leve que a enxada'." Foi o próprio Victor quem fez a inscrição de Alan para o curso técnico em Segurança do Trabalho, convencendo-o de que ainda há tempo para buscar um futuro melhor por meio dos estudos.

Ribeirão Preto: Quando a Família se Torna Aliada no Caminho Acadêmico

Na Etec José Martimiano da Silva, em Ribeirão Preto, Rômulo Rosseto Petek e seu enteado Enzo Barrocal Stoppa compartilham a experiência de estudar juntos. Enquanto Rômulo cursa o técnico em Edificações no período noturno, Enzo está matriculado no Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração em período integral.Foi o próprio Rômulo, padrasto de Enzo, quem insistiu para que o garoto recém-formado na Educação Fundamental optasse pelo Ensino Técnico. "Comecei a namorar com a mãe do Enzo quando ele tinha só oito anos, então temos uma relação de pai e filho mesmo. Fiz um acordo, se ele entrasse na Etec ganharia o computador, e deu certo", conta Rômulo.Para Enzo, ter seu "paidrasto" na mesma instituição de ensino é um apoio a mais na hora de estudar. "Ter meu 'paidrasto' na Etec é um apoio a mais na hora de estudar. Ele é uma grande referência para mim. Vamos nos formar no mesmo ano, motivo de sobra para comemorar", completa o jovem.

Ribeirão Preto: Quando a Cozinha se Torna o Elo entre Gerações

Na Etec José Martimiano da Silva, em Ribeirão Preto, Luiz Fernandes da Costa e sua filha, Elis Fernanda Gonçalves Fernandes da Costa, compartilham não apenas o mesmo teto, mas também a mesma paixão pela culinária. Aos 59 e 29 anos, respectivamente, eles decidiram ingressar juntos no curso técnico em Gastronomia.Luiz, que já havia prestado Vestibulinho no primeiro semestre de 2023, não conseguiu iniciar o curso devido a uma série de viagens. Quando soube que Elis estava animada para entrar, ele prestou Vestibulinho novamente no segundo semestre e passou em primeiro lugar. "Neste meio tempo começamos a trocar receitas e iniciamos o curso juntos, na mesma turma. Tem sido uma experiência ótima!", completa a filha.Apesar de não morarem juntos, a Etec garantiu um tempo diário de convivência, fortalecendo ainda mais a parceria entre pai e filha. Eles estão sempre no mesmo grupo nas aulas práticas, formaram dupla para o trabalho de conclusão de curso (TCC) e até cogitam um futuro negócio após a formatura. "Decidi fazer o curso para aprender a cozinhar e ser um melhor anfitrião, mas não descarto a possibilidade de empreendermos juntos fazendo massas em festas", empolga-se o pai.

Sorocaba: Quando a Paixão pela Automação Industrial Aproxima Gerações

Na Etec Armando Pannunzio, em Sorocaba, Gustavo Sampaio Alves e Etori Matheus Moreira Alves compartilham a mesma vocação para a Automação Industrial. Enquanto Gustavo cursa a terceira série do Ensino Médio integrado ao Técnico em período integral, Etori, seu pai, está matriculado no terceiro módulo do Ensino Técnico noturno.Para Gustavo, a experiência de estudar na Etec tem sido incrível. "Os professores são atenciosos e os trabalhos práticos ajudam muito o aprendizado. Fiz ótimos amigos aqui, o que tona o dia a dia mais divertido e significativo", conta o jovem.Já para Etori, a possibilidade de se formar junto com o filho é uma oportunidade única. "Ser aluno da Etec é uma experiência incrível, ainda mais com a possibilidade de me formar junto com o meu filho. Isso prova que o ensino aplicado aqui se emprega a qualquer idade e a várias gerações", completa o pai.
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Pais atípicos falam sobre os desafios e as conquistas dos filhos no ES | Jornal Espírito Santo Notícias
2024-08-09

Pais Atípicos: Superando Desafios, Celebrando Vitórias

A jornada da paternidade é repleta de momentos inesquecíveis, desde os primeiros passos até a ansiedade do primeiro dia de escola. Mas para os pais atípicos, cujos filhos apresentam transtornos mentais ou deficiências intelectuais, essa jornada vem com uma dose extra de dedicação e superação. Esses pais enfrentam desafios únicos, mas também encontram alegrias e realizações que os enchem de orgulho.

Superando Obstáculos, Construindo Futuros Brilhantes

Dedicação e Perseverança: A Chave para o Desenvolvimento

Eleonardo Guimarães, um operador de produção de 47 anos, é um exemplo inspirador de pai atípico. Há 24 anos, desde a chegada de seu filho Eduardo, ele tem enfrentado uma jornada repleta de altos e baixos. Aos 2 anos, Eduardo não falava nem andava, mas com o apoio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), ele começou a se desenvolver, conquistando a fala e a mobilidade aos 9 anos. Hoje, Eduardo é um jovem adulto, trabalhando em uma padaria e assumindo suas próprias responsabilidades. Eleonardo se orgulha de ver seu filho feliz e realizado.

Superando Desafios, Construindo Pontes

Gilmar Almeida, um cortador de tecidos de 57 anos, também conhece bem os desafios da paternidade atípica. Seu filho, Leonardo, de 21 anos, foi diagnosticado com um transtorno mental apenas aos 19 anos, mas os pais buscavam ajuda médica desde a infância. Apesar das dificuldades enfrentadas no ambiente escolar, na comunidade e entre familiares, Gilmar se manteve firme em seu apoio a Leonardo. Hoje, o jovem participa de diversas atividades, como aulas de arteterapia, capoeira, dança e teatro, além de estar matriculado em um curso de assistente administrativo. Gilmar se orgulha do relacionamento social de Leonardo, de sua alegria e espontaneidade, e está sempre ao seu lado, ajudando-o a enfrentar os desafios da vida.

Superando Preconceitos, Construindo uma Sociedade Mais Inclusiva

Além dos desafios práticos de cuidar de seus filhos, os pais atípicos também enfrentam o preconceito e a falta de compreensão da sociedade. Maria das Graças Vimercati, presidente da Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES), explica que esses pais precisam constantemente defender os direitos de seus filhos e buscar suporte adequado. Eles se esforçam para aprender tudo sobre as necessidades específicas de seus filhos, os tratamentos e as terapias necessárias, a fim de proporcionar uma vida mais inclusiva e confortável.

Celebrando Vitórias, Inspirando Esperança

Apesar dos desafios, os pais atípicos encontram alegrias e realizações que os enchem de orgulho. Eleonardo se emociona ao ver seu filho Eduardo trabalhando e feliz, enquanto Gilmar se orgulha do relacionamento próximo que tem com Leonardo e de acompanhar seu desenvolvimento. Esses pais são verdadeiros heróis, que superam obstáculos diários, mas encontram força na dedicação e no amor por seus filhos. Suas histórias inspiram esperança e mostram que, com determinação e apoio, é possível construir futuros brilhantes, mesmo diante de condições desafiadoras.
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