Pais Apaixonados: Uma Celebração do Amor e da Torcida

Neste Dia dos Pais, o Portal Bonde apresenta uma história inspiradora sobre três pais de gêmeas que não apenas compartilham o amor pela paternidade, mas também são torcedores fervorosos de seus times de futebol. Acompanhe as emocionantes jornadas desses homens que equilibram com maestria suas responsabilidades familiares e sua paixão pelo esporte.

Uma Torcida Unida, Uma Família Fortalecida

Corintiano de Coração

Odimar Vieira, um operador de máquinas e empilhadeira de 54 anos, é pai das gêmeas Bianca Ferreira e Beatriz Ferreira, de 23 anos. Desde a infância, Odimar é um torcedor "roxo" do Corinthians, e essa paixão pelo time é compartilhada por toda a sua família, incluindo sua esposa e seu genro. Nos dias de jogos, eles se reúnem para assistir e comentar os resultados, criando momentos de união e celebração. Odimar recorda com orgulho como presenteou suas filhas com a camisa do time quando eram crianças, e afirma que ser corintiano é uma forma de vida, pois "sempre acreditamos no time, perdendo ou ganhando, estamos lá, firmes e fortes".A paternidade é uma responsabilidade que Odimar leva muito a sério. Ele se descreve como um pai presente, que acompanhou de perto o crescimento de suas filhas, desde os primeiros passos até a formação universitária. Hoje, ele se orgulha de ver suas filhas como cidadãs de bem, uma formada em assistência social e a outra como terapeuta. Para Odimar, a paternidade trouxe amadurecimento e a oportunidade de educar e preparar suas filhas para o futuro.

São-Paulino de Coração

José Pereira Barbosa, um pedreiro de 8 anos, é pai das gêmeas Heloá Gabriely Gonçalves e Kyara Eduarda Gonçalves, além de outros dois filhos. Diferentemente de Odimar, José é o único são-paulino da família, enquanto sua esposa, filhas e outro filho não torcem pelo mesmo time. Nos dias de jogos, José acompanha sozinho o Tricolor pela televisão, pois suas filhas, ainda muito jovens, não entendem muito sobre futebol e não têm time de coração.Apesar dessa diferença de torcida, José se considera um são-paulino "roxo" e relembra como sua paixão pelo time começou ainda na infância, quando seus irmãos eram torcedores de outros times. Ele quis ser o "rival de todos" e se tornou palmeirense, criando uma rivalidade familiar divertida. Agora, seus filhos seguem seus passos e também são torcedores do Palmeiras.José ressalta a importância da educação na paternidade, afirmando que "para ser um bom educador, temos de ter sido bem educados". Ele acredita que essa base sólida é fundamental para que ele possa ser um bom pai e transmitir valores importantes aos seus filhos.

Palmeirense de Coração

Angelo de Souza dos Santos, um profissional da área de manutenção predial, é pai de Nathalia e Thalita de Souza dos Santos, ambas de 11 anos. Assim como José, Angelo é o único palmeirense da família, enquanto sua esposa não tem uma torcida declarada. No entanto, seus filhos mais velhos também são torcedores do Palmeiras, seguindo os passos do pai.Angelo relembra com emoção como sua paixão pelo Palmeiras começou ainda na infância, quando seus irmãos eram torcedores de outros times. Ele quis ser o "rival de todos" e se tornou palmeirense, uma decisão que influenciou seus filhos, que também se tornaram apaixonados pelo Alviverde. Angelo lembra com alegria de ter levado seus três filhos para assistir a um jogo do Palmeiras no Estádio Café, em Londrina, quando o time do coração deles fez 1x0, com o gol de Gabriel Jesus. Essa experiência emocionante fortaleceu ainda mais os laços familiares.Angelo enfatiza a importância da educação na paternidade, afirmando que tenta passar para seus filhos os mesmos valores que recebeu de seu próprio pai. Ele acredita que, mesmo que seus filhos às vezes "abusem um pouco" e "teimem um pouco", é fundamental guiá-los pelo caminho certo.Esses três pais demonstram que a paixão pelo futebol e a dedicação à paternidade podem andar de mãos dadas, criando uma torcida unida e uma família fortalecida. Suas histórias inspiradoras mostram que o amor pelo time e o amor pelos filhos podem se complementar, gerando momentos inesquecíveis e uma conexão familiar ainda mais profunda.

A Jornada Inesperada: Quando os Filhos se Tornam Pais dos Pais

Neste artigo, exploramos a transformação surpreendente que muitos brasileiros estão vivenciando, à medida que assumem o papel de cuidadores de seus pais envelhecidos. Uma história de amor, dedicação e a bela travessia da vida.

Uma Perspectiva Única sobre o Envelhecimento e a Família

Laços Familiares Fortalecidos pelo Tempo

Desde a infância, Roberta Gontijo Teixeira e Haroldo Assunção, filho de Célio Honório e Dona Luzia, compartilharam uma amizade profunda. Juntos, eles cresceram, estudaram e se tornaram uma grande família. Naquele domingo, durante a festa do Engenho, eles tiveram a oportunidade de relembrar essa história e celebrar o privilégio de terem pais tão dedicados e ativos.A fotografia dos pais de Haroldo dentro da Igrejinha do Engenho despertou em Roberta uma grande emoção. Ela, assim como Haroldo e tantos outros brasileiros, teve a sorte de contar com o amparo e a construção de um forte alicerce familiar, o que lhes permitiu se desenvolver e aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer.

Uma Nova Geração de Longevidade

Graças aos avanços da medicina, à alimentação saudável e à prática regular de atividades físicas, a geração atual de 40, 50 e 60 anos faz parte de uma nova realidade. Eles estão cheios de sonhos, planos e projetos, com uma perspectiva de vida mais longa pela frente.Essa longevidade, tanto dos filhos quanto dos pais, traz consigo um novo desafio: o papel paterno invertido. Em diversas famílias, os filhos passam a exercer o papel de cuidadores de seus pais. Essa transição, embora possa assustar e deixar as pessoas um pouco inertes, perdidas e até exaustas, também traz consigo a oportunidade de retribuir o amor e o cuidado que receberam.

O Privilégio de Cuidar dos Pais

Agora, são os pais que dependem da atenção, do cuidado e do olhar de seus filhos. Mas isso não se resume apenas a uma tarefa árdua. É também a possibilidade de curtir a companhia deles, mostrar-lhes a vida e levá-los a lugares que não tiveram a oportunidade de conhecer.Roberta reconhece que nem sempre é uma tarefa fácil e prazerosa. Envolve toda uma logística, dedicação, abdicação e, em alguns casos, até um certo malabarismo. Afinal, o envelhecimento é um processo implacável e irreversível.Lidar com os remédios, as consultas, as deficiências físicas recém-adquiridas e a dor de ver os pais perderem a cognição ou a capacidade física pode ser angustiante. Mas, mesmo diante desses desafios, é preciso olhar e agradecer a beleza de viver esse momento.

A Beleza da Convivência e do Cuidado

Ter os pais por perto, poder curtir a vida com eles e retribuir um pouco do muito que fizeram é um privilégio. Conduzir e amparar os pais em direção à velhice, estar com eles de mãos dadas e dizer "estou aqui, não precisa ter medo" é uma oportunidade de retribuir o cuidado que eles tiveram conosco em nossas transições e medos.Roberta lembra de uma história comovente, em que uma profissional da ciência afirmou que um dos fatos históricos mais marcantes para a humanidade foi o momento em que os nômades, em vez de abandonarem seus deficientes, doentes e idosos, passaram a fixar morada para ampará-los e cuidar deles.Nesse sentido, Roberta convida a todos a suavizar seus processos e compreender que a vida nada mais é do que uma travessia e um amparo mútuo. Não há nada tão precioso quanto a beleza da convivência e do cuidado com o outro, especialmente quando esses outros são os nossos pais.